quinta-feira, 25 de junho de 2009

O DESAFIO DE AMAR...




Pessoas me inspiram....Que maravilhosa idéia de Deus - as pessoas...
Mesmo as que chegam dentro do meu espaço íntimo e me frustram....(e eu tento tanto....tanto evitar isso, mas)....me ensinam coisas preciosas. Tão preciosas que chego até a agradecer por TUDO o que passei com elas e por causa delas...
E, por causa disso, me deparo com o desafio do Amor, do Amar. Que verbo profundo e intenso. Fruto do coração e intenção do Criador...eu Amo esse Criador...

Mas o desafio continua...e na caminhada, pessoas tão especiais vivem esse desafio também.
Por isso, preciso, novamente citar esse homem, que, no ofício de padre, vive esse mesmo desafio que eu( e, de repente...vc também...). Novamente Fabio De Melo:


A graça de ser só


"Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres.

A sexualidade é apenas um detalhe da questão. ...Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.

Nunca encarei o celibato como restrição....Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.

Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só.... Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”...

Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares...Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez...

Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções."

2 comentários:

  1. muito bom o texto.cada um na sua, e que os encontros sejam assim, de expontânea vontade!
    :)

    Lu

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  2. Verdade! mas...o fato é que...ninguem está livre da obrigação de amar!!!! Deus é bom!!!

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Que bom!!! Comentário!!!!